BH Vida Integral e CEABSF inspiram Unasus

Publicado em Notícias - 20 de junho de 2008

“Trata-se de um salto importante na melhora dos serviços prestados pelo SUS, pois a má qualificação profissional é hoje uma das principais defasagens das equipes de saúde da família, e que põe em risco a própria Estratégia de Saúde da Família”. Essa é a avaliação do coordenador de monitoramento e avaliação do Programa Ágora, Raphael Aguiar, sobre a proposta de criação da Universidade Aberta do Sistema Único de Saúde, a Unasus. A iniciativa foi lançada nos últimos dias 18 e 19 em Brasília, com o objetivo de qualificar mais de 150 mil profissionais do SUS por meio de cursos a distância até 2011. A expectativa é de que 52 mil sejam formados especialistas em Saúde da Família, e outros 100 mil recebam capacitação gerencial.O evento contou com a presença dos ministros da Saúde e da Educação, José Gomes Temporão e Fernando Hadadd; do secretário de Gestão do Trabalho e da Educação em Saúde, Francisco Eduardo de Campos; do diretor da Faculdade de Medicina, Francisco Penna, além do coordenador em exercício do Nescon, Edison Corrêa, entre vários convidados. Na ocasião, Corrêa apresentou as experiências do Nescon em educação a distância e oferta de cursos de especialização em saúde da família. Através do BH Vida Integral, realizado em parceria com a Prefeitura de Belo Horizonte, o Núcleo capacitou mais de mil profissionais para prestar serviços à comunidade, entre médicos e enfermeiros. Lançado em março deste ano, o Curso de Especialização em Atenção Básica em Saúde da Família, outra iniciativa do gênero, pretende formar pelo menos mais 1.200 desses trabalhadores.

Essas experiências podem inspirar escolas, secretarias de saúde, associações científicas e outros parceiros, que ficariam responsáveis pelas tarefas de elaboração de material didático, supervisão pedagógica e apoio local às atividades da Unasus. Mesmo porque, como ressalta Aguiar, “o Nescon é hoje a maior referência em cursos a distância em Saúde Coletiva. A própria Unasus foi gestada por nós aqui, de uma certa maneira. Tudo começou com uma rede colaborativa entre a Opas (Organização Panamericana de Saúde) e o MS, gerida pelo Nescon para a formação de especialistas em saúde da família, a Rede MAES (Rede Multicêntrica de Especialização em Saúde da Família). A partir desse projeto, acabou-se por perceber a necessidade da criação de um programa mesmo do MS que concentrasse e ampliasse as iniciativas desenvolvidas pela Rede, que é a Unasus”, explica.A idéia e que Unasus seja mantida com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). A verba alocada gira em torno de R$160 milhões.

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