A Faculdade de Medicina da UFMG realizou nessa sexta-feira, 4 de dezembro, o “Seminário Ambiente Virtual de Aprendizagem em Saúde”, o Avas 21, no auditório do Cetes. Participaram professores, chefes de departamentos, estudantes e representantes de órgãos da Faculdade e da Universidade.
Um dos objetivos do evento é avaliar o uso de ferramentas tecnológicas para reformulação da metodologia de ensino, pesquisa e extensão. O encontro é promovido pela diretoria da Faculdade de Medicina, juntamente com o Centro de Tecnologia em Saúde (Cetes), o Centro de Informática em Saúde (Cins), o Núcleo de Ações e Pesquisa em Apoio Diagnóstico (Nupad) e o Núcleo de Educação em Saúde Coletiva (Nescon).
Durante abertura, o diretor da Faculdade de Medicina da UFMG, Tarcizo Nunes, explicou que é importante evoluir com as novas tecnologias. “Que essa discussão seja o início de uma nova era na Faculdade. Espero o envolvimento de todos para que possamos alcançar nosso objetivo que é ensino, pesquisa e extensão”, disse.
De acordo com o vice-diretor da Faculdade, Humberto Alves, o mais importante é fazer com que o aluno tenha acesso à informação, reforçando os recursos para o aprendizado. “Não vamos substituir o professor por uma tela de televisão ou desmartphone e nem um aluno por uma câmera na hora de fazer um vídeo. É mais do que isso, são ferramentas, são instrumentos complementares”, comentou.
Um dos principais assuntos abordados durante a abertura do encontro foi o ensino a distância. Quem explicou um pouco mais sobre o tema foi o assessor pedagógico do Centro de Apoio à Educação a Distância da UFMG (Caed), Ramiro Barbosa Oliveira. Segundo o assessor, a Universidade tem hoje cinco cursos de graduação à distância e quatro cursos de especialização, incluindo cursos da área da saúde, como o curso de especialização em atenção básica e saúde da família. De acordo com Ramiro, houve um aumento do número de pessoas interessadas em fazer curso superior e a educação a distância pode contribuir para criar possibilidades de atendimento. “Especialmente hoje, as tecnologias de informação e comunicação permitem a realização de atividades na modalidade a distancia, com a mesma qualidade e com o mesmo rigor das atividades que são realizadas presencialmente”, explicou.
Cada curso presencial pode oferecer até 20% de disciplinas em educação a distância. Para a pró-reitora de Extensão da UFMG, Benigna Maria de Oliveira, essa porcentagem tem que ser cumprida com qualidade. “Com certeza nossos alunos vão sair daqui com uma formação melhor, não só do ponto de vista técnico, mas também do ponto de vista pessoal, humano, no seu compromisso com a realidade do país”, ressaltou.
Para o gerente de Ensino e Pesquisa do Hospital das Clínicas, Alexandre Rodrigues Ferreira, é preciso explorar o ensino a distância, as simulações e os ambientes virtuais para melhorar a formação do estudante. “O nosso aluno complementa sua formação através dos programas de residência dos hospitais universitários. O ensino a distância tem papel de destaque, porque a partir desse momento ele continua tendo a necessidade de uma carga teórica, mas ele precisa também prestar assistência”, contou.
Também compôs a mesa de honra da abertura do encontro, o vice-diretor do Hospital Risoleta Tolentino Neves, Ricardo Castanheira, que elogiou a capacidade da Faculdade de Medicina da UFMG em se recriar e de ser contemporânea.