Pulsos arteriais carotídeos
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Fonte: Elaborado por TORRES, R.M, 2018.
1. Pulso Normal
O registro da onda de pulso arterial saudável permite identificar três ondas distintas: a onda de percussão, que é a porção inicial, sistólica, da pressão de pulso; a onda de maré, que é a segunda onda sistólica, mais tardia que a primeira; e a onda dicrótica, que é a onda diastólica que aparece logo após a incisura dicrótica.
Fonte: Elaborada por TORRES, R.M, 2018.
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2. PULSO BISFERENS
Pulso bisferens é um pulso amplo, com dois componentes perceptíveis durante a sístole (tem dois picos sistólicos). É melhor percebido quando a palpação do pulso é realizada juntamente com a ausculta cardíaca. Ocorre em situações em que grande volume sistólico é ejetado na aorta, como na miocardiopatia hipertrófica e na dupla lesão aórtica com predomínio da insuficiência. Pode vir acompanhado de outros sinais periféricos de insuficiência aórtica
Fonte: Elaborada por TORRES, R.M, 2018.
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3. PULSO BÍFIDO (PICO E DOMO)
Este tipo de pulso pode ocorrer na miocardiopatia hipertrófica, sendo de difícil deteccão à beira do leito. É um pulso amplo, com dois componentes sistólicos. O primeiro componente ocorre na fase de ejeção rápida, com ascensão rápida, de aspecto digitiforme uma vez que não existe obstrução na protossístole. Esta fase se interrompe no momento em que se estabelece a obstrução dinâmica ao fluxo sanguíneo. Em seguida, ocorre um segundo pico, que reflete uma ejeção mais lenta, configurando um domo. ou platô. Quando presente, indica gravidade da condição.
Fonte: Elaborada por TORRES, R.M, 2018.
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4. PULSO DICRÓTICO
É um pulso raro. Caracteristicamente, apresenta um pico na sístole e outro na diástole, diferenciando-se dos pulsos bisferens e do pulso bífido pelo intervalo maior entre os picos. Ocorre em pessoas jovens (< 40 anos), em estados de baixo débito, tamponamento cardíaco ou insuficiência cardíaca congestiva.
Fonte: Elaborada por TORRES, R.M, 2018.
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5. PULSO BIGEMINADO
Geralmente, é causado por batimentos prematuros ventriculares que aparecem após cada batida normal, alterando assim a força do pulso. São ondas de pulso em pares, seguidas de uma pausa. É visto em batidas prematuras alternadas, bloqueio atrioventricular (BAV) e bloqueio sinoatrial com escape ventricular.
a) Pulso bigeminado nos batimentos ventriculares prematuros
Neste pulso, ocorrem dois batimentos consecutivos. O primeiro batimento é produzido por uma contração cardíaca normal, seguida de uma contração prematura(extrassístole ventricular). A primeira onda de pulso é normal e, a seguinte, é precoce e de menor amplitude. Costumam estar separadas do batimento seguinte por uma pausa longa (pausa compensadora), que, no caso da extrassístole ventricular, geralmente é uma pausa compensadora completa.Fonte: Elaborada por TORRES, R.M, 2018.
b) Pulso bigeminado nos bloqueios atrioventriculares
Nos bloqueios atrioventriculares com relação 3:1 (isto é, a cada três batimentos atriais, dois batimentos são conduzidos aos ventrículos e um é bloqueado), ocorre também bigeminismo, originando um pulso duplo. No entanto, diferentemente do pulso gerado pela extrassístole, cada par de ondas de pulso é normal em forma e tempo, sendo separado do grupo seguinte por uma pausa que é o dobro da pausa do ciclo normal.Fonte: Elaborada por TORRES, R.M, 2018.
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6. PULSO MAGNUS CELERE (Pulso de amplitude
aumentada)
Pulso amplo e rápido, de fácil palpação. Ocorre em situações de alto débito cardíaco, como sepse, anemia, tireotoxicose (Figura 16). Um exemplo de pulso de amplitude muito aumentada é aquele verificado na insuficiência aórtica. Além da amplitude, a ascensão é rápida e a duração curta, dando a impressão de um golpe forte e rápido. É o pulso de Corrigan ou em martelo d’água.
Fonte: Elaborada por TORRES, R.M, 2018.
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7.PULSO DE AMPLITUDE DIMINUÍDA (PULSO PARVUS)
É notado em presença de insuficiência cardíaca que leve à diminuição do débito cardíaco.
Fonte: Elaborada por TORRES, R.M, 2018.
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8. PULSO PARVUS E TARDUS OU PULSO
ANACRÓTICO
Caracterizado por apresentar um entalhe no ramo ascendente (entalhe anácrota); a amplitude está diminuída e há retardo na elevação do pulso. É característico da estenose aórtica.
Fonte: Elaborada por TORRES, R.M, 2018.
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9. PULSO ALTERNANTE
Pulsos fortes e fracos alternadamente. Há alternação contínua da amplitude de um batimento para outro; embora o ritmo seja basicamente regular, o volume ejetado varia. É mais perceptível no pulso radial. Ocorre devido a variações do enchimento e na contratilidade miocárdica em situações de disfunção ventricular esquerda. É um dos sinais mais precoces de disfunção ventricular, e quanto mais intensos os achados, mais grave é a disfunção. Associa-se também a variações na intensidade das bulhas e sopros. Exemplo: insuficiência cardíaca congestiva.
Fonte: Elaborada por TORRES, R.M, 2018.
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10. PULSO PARADOXAL
Constitui um exagero da diminuição da pressão arterial sistólica (e, consequentemente, do pulso arterial) durante a inspiração. O pulso diminui de intensidade ou desaparece durante a inspiração. É definido como uma diminuição superior a 10 mmHg na pressão sistólica durante a inspiração. Em condições fisiológicas, o enchimento do átrio e do ventrículo esquerdos diminui durante a inspiração; contudo, quando a complacência ventricular está reduzida, o enchimento dessas câmaras torna-se menor que o normal, diminuindo o débito cardíaco. Isso torna o pulso menos palpável e reduz a pressão arterial sistólica. Embora seja melhor reconhecido pela esfigmomanometria, é melhor detectado pela palpação dos pulsos periféricos (braquial e femoral) do que do pulso carotídeo. Condições em que este pulso pode ocorrer: tamponamento cardíaco, tromboembolismo pulmonar, pericardite constritiva, doença pulmonar obstrutiva crônica. Podem ocorrer alterações na intensidade das bulhas cardíacas e dos sons de Korotkoff.
Fonte: Elaborada por TORRES, R.M, 2018.
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11. PULSO EM MARTELO D’ÁGUA DE WOOD
É um pulso pequeno e rápido, encontrado na insuficiência mitral. É de pequena amplitude, porém com onda de percussão abrupta seguida de rápido colapso.
Fonte: Elaborada por TORRES, R.M, 2018.