CEABSF pode inspirar estratégia de combate à morte neonatal

Publicado em Notícias - 6 de Março de 2009

r31Representantes do Ministério da Saúde, Faculdade de Medicina da UFMG, Universidade de São Paulo, Secretarias de Saúde, Organização Panamericana de Saúde (OPAS), entre outras instituições se reuniram hoje no Núcleo de Educação em Saúde Coletiva (Nescon)  para discutir estratégias de redução da mortalidade infantil no Norte e Nordeste do país. Na oportunidade, pesquisadores, gestores e profissionais da rede pública atuaram como consultores do Ministério na busca de soluções para a melhoria da atenção neonatal.

O Nescon apresentou dados, estatísticas e metodologias do Curso de Especialização em Atenção Básica em Saúde da Família (CEABSF). Implantado desde janeiro do ano passado, o Curso é uma iniciativa de educação permanente em saúde para  atender às demandas da saúde coletiva no Brasil. Até o fim de 2011, a intenção é formar cerca de 1.200 especialistas.

Segundo o coordenador de monitoramento e avaliação do CEABSF, Raphael Aguiar, o curso pode servir de modelo para a capacitação de recursos humanos para o combate à morte neonatal.  “Isso porque o CEABSF funciona em larga escala, ou seja, está em processo de formação  um número significativo de profissionais da Saúde da Família, a cada entrada são 400 alunos. Esse mesmo modelo possivelmente poderá ser usado para atacar a mortalidade infantil, ao invés de ficar capacitando 20 aqui, ou 30 ali. Tem que formar mil, depois mais mil, porque a dimensão do problema é grande”, destacou Aguiar.

Segundo o coordenador em exercício do Nescon, Edison Corrêa (foto C) desta reunião já devem sair apontamentos para a construção de um plano para a formação de recursos humanos para redução da mortalidade infantil. “O fim maior é reduzir a morte neonatal ao ritmo de 5% ano. Essa é a meta do Ministério da Saúde”, conta.

Brasil X mortalidade infantil  

Em estados como Alagoas e Maranhão, as taxas de mortalidade infantil alcançaram, respectivamente, 50 e 39 mortos por mil nascidos vivos em 2007, contra 22 do índice nacional e 3,61 em países como a Noruega. Mas apesar de longe de alcançar os índices apresentados por países do primeiro mundo, o Brasil tem se destacado no combate à morte neonatal.  Em 1990, o país, que ocupava 86º lugar no ranking de mortalidade infantil, caiu para 113º em 2006, numa lista de 194 países.

Comunicação Nescon
Foto: Cecília Emiliana Lélis
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