Cerca de 1.500 participantes de todas as regiões do Brasil, mais de 1400 trabalhos inscritos, discussões de três grandes eixos temáticos (regulação sanitária e proteção da saúde, políticas, sistemas e práticas para a proteção da saúde e participação e controle social para a proteção da saúde). Esses são apenas alguns números do V Simpósio Brasileiro de Vigilância Sanitária (Simbravisa), que acontece até amanhã no Grande Auditório do Hangar Centro de Convenções e Feiras da Amazônia, em Belém do Pará.
No estande da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a equipe do projeto Histórias da Visa Real coleta relatos e depoimentos gravados em vídeo, de histórias reais vivenciadas no cotidiano de trabalho da Vigilância Sanitária (Visa). As histórias são exibidas simultaneamente durante o evento.
De acordo com Gustavo Werneck, coordenador do Centro Colaborador em Vigilância Sanitária (Cecovisa/Nescon) e um dos realizadores do projeto “a participação no Simbravisa busca proporcionar uma maneira interativa de contar as histórias da Visa Real, incentivando e abrindo espaço para a população local e o público presente no evento”, ressaltou.
Em apenas 24 horas, foram coletados mais de 30 depoimentos de profissionais, gestores, além de cidadãos comuns que participam do evento.
Histórias como a da parteira e raizeira Francisca dos Reis, de Goiânia, com mais de 200 partos na bagagem, aos 71 anos é militante de movimentos populares e conselheira de saúde em sua região. “Eu acredito que deve existir essa relação e aproximação dos setores reguladores junto com a população para trabalharmos, por isso participo com o meu depoimento”, disse.
A presidente do evento e coordenadora do Grupo de Trabalho de Vigilância Sanitária, Ediná Costa acredita que “apesar de a Visa ainda ser pouco compreendida pela população e até pelos próprios profissionais de saúde, já começam a ser percebidas ações visando à prevenção e promoção da saúde”, observou.
Para Fernando V. Magalhães, da Anvisa, o Histórias da Visa Real oportunizou o compartilhamento de histórias e revelou a diversidade do País. “O Brasil pela sua grandeza e riqueza não pode tratar a Visa da mesma forma, com esse projeto foi possível retratar essa multiplicidade”, opinou.
Autor de seis histórias selecionadas que compõem a série de livros, o carioca Aloisio Sabença, também visitou o estande e gravou seus relatos. “Enviar as histórias e vê-las selecionadas agora em vários livros foi muito emocionante, essa sem dúvida é uma oportunidade única de compartilhar com colegas em várias regiões, o dia-a-dia de nossa realidade”, revelou.
Os vídeos gravados possivelmente serão disponibilizados na internet, através do site do Nescon. O projeto é fruto de parceria do Centro Colaborador em Vigilância Sanitária (Cecovisa/Nescon) com a Escola de Saúde Pública de Minas Gerais (ESP/MG), Anvisa e Secretaria Municipal de Saúde de Sete Lagoas.
Redação: Zirlene Lemos – Comunicação Nescon
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