Referência:
STOTZ, Eduardo Navarro; ARAUJO, Jose Welligton Gomes. Promoção da saúde e cultura política: a reconstrução do consenso. SAÚDE E SOCIEDADE. São Paulo, v. 13, n. 2, p.5-19, mai./ago. 2004.
Outro(s) Autor(es): --- não informado ---
Colaborador(es): --- não informado ---
Descritor(es): Igualdade; Promoção da saúde; Equidade em saúde; Política de saúde; Capitalismo
Termo(s) livre(s): Empoderamento; Cultura política; Educação popular
Resumo: O presente texto faz uma avaliacao das nocoes de promocao da saude e de empowerment ao problematizar os principios que integram a cultura da saude publica e orientam as propostas de politicas publicas formuladas especialmente para os chamados paises "em desenvolvimento". Analisa-se particularmente empowerment, usualmente visto como uma forma de promocao individual e coletiva (comunitaria, social) da saude de grupos em situacao de maior vulnerabilidade social. Examina-se esta proposta a luz da crise do Estado de Bem-Estar Social e de sua superacao, pela via neoliberal, nos anos da decada de 1980, com destaque para as mudancas na apreensao conceitual e moral da realidade do capitalismo, em particular da politica social, desde entao pautada pelo principio da equidade, em oposicao ao da universalidade. A adocao deste principio pela Organizcao Mundial da Saude integra a cultura dominante no setor da saude que e, contudo, pouco reflexiva, fortemente tecnicista e normativa. Construir uma nova cultura capaz de reconhecer o saber comum, incorporar as experiencias sociais, apoiar as lutas reivindicativas e expressar a saude como direito universal sao os desafios propostos pelos autores.[Nova Pesquisa]
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