Curso de Surtos do Cecovisa na reta final

Publicado em Notícias - 16 de setembro de 2009

Os alunos da especialização em Epidemiologia: Investigação de Surtos em Serviços de Saúde, retornaram nesta semana o penúltimo módulo do curso. Iniciado em abril de 2008, com 33 alunos vindos de 14 estados das cinco regiões do Brasil, a especialização chega à reta final com 30 alunos. O que, para Maria da Consolação Cunha, coordenadora do curso e pesquisadora do Centro Colaborador em Vigilância Sanitária – Cecovisa/Nescon, representa comprometimento e necessidade de capacitação na área.

Segundo Cunha, o principal objetivo do curso, é capacitar profissionais para gestão e gerenciamento de sistemas e serviços de saúde, além de estimular o desenvolvimento de habilidades individuais e de equipe referentes às atividades de planejamento, execução, acompanhamento, controle e avaliação dos processos de trabalho em serviços de saúde.Os temas abordados foram epidemiologia e vigilância sanitária aplicada.

A expectativa é formar um grupo preparado para estabelecer medidas de controle e métodos para coleta sistematizada de informações e competências para perceber e enfrentar as situações de crise nos serviços de saúde. Além de auxiliar na consolidação da  Rede Nacional para Investigação de Surtos e Eventos Adversos em Serviços de Saúde (Reniss).

Estrutura do curso
O curso presencial, conta com aulas durante 1 semana, a cada mês (segunda a sábado) em horário integral, na Faculdade de Medicina da UFMG, com carga horária total de 375 horas  e ainda o módulo de trabalho de conclusão (monografia), distribuídos em 18 meses (em média). O financiamento é da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em parceria com o Cecovisa/Nescon.

Surtos
Segundo preconiza a Anvisa, surto é o aumento na ocorrência de um agravo à saúde acima dos níveis esperados. Em geral, nos serviços de saúde, os surtos estão relacionados a quebras nas rotinas técnicas, utilização de insumos industrializados com desvio de qualidade e introdução de novas tecnologias. Essas situações aumentam a morbidade e a mortalidade entre os pacientes envolvidos e elevam os custos assistenciais, com grande impacto no sistema de saúde.
Os surtos podem ocorrer simultaneamente em vários serviços de saúde, em mais de um município e mesmo em diferentes regiões do país. É estimada a ocorrência de, pelo menos, um surto por ano em hospitais de 100 a 150 leitos.

Comunicação Nescon
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