“Não se promove cobertura universal em saúde sem profissionais bem-treinados e bem-distribuídos de acordo com as necessidades de saúde de cada região”. Dita pela diretora da Organização Pan-americana de Saúde (OPAS), Carissa Etienne, a reflexão dá a tônica da Segunda Reunião do Grupo de Trabalho para o 3º Fórum Mundial sobre Recursos Humanos para Saúde, que começou neste sábado e termina amanhã (20) em Washington (EUA).
Promovido pela Organização Mundial de Saúde (OMS), o evento é coordenado pelo do diretor do Nescon, Francisco Eduardo de Campos, que na ocasião representa a Aliança Global para a Força de Trabalho em Saúde (GHWA). Entre os membros da coordenação estão também representantes da Secretaria de Gestão de Trabalho e Educação em Saúde do Ministério da Saúde do Brasil (SEGTS/MS) e da OPAS.
Do encontro participam ainda representantes de governos de mais de 30 países.
Entre as principais discussões do grupo de trabalho esteve a necessidade de se criar, para os países associados à OPAs, uma meta comum de alcance da atenção integral aos usuários dos sistemas de saúde, que lhes garanta desde cuidados preventivos a tratamentos propriamente ditos.
Os debates também se debruçaram sobre importância de que as nações assegurem o acesso sem custo e de qualidade à assistência. “Se você perguntar a uma pessoa o que ela quer, ela dirá que é o acesso aos serviços de saúde sem ter que empobrecer ao usá-lo”, destacou a diretora da OPAS, lembrando que, de acordo com OMS, uma das principais causas de ruína e desintegração das famílias no mundo são os gastos catastróficos com cuidados médicos, pagos direto de orçamentos individuais ou domésticos.
Fórum Mundial sobre Recursos Humanos para Saúde
Marcado para novembro deste ano, 3º Fórum Mundial sobre Recursos Humanos para Saúde, que terá sede em Recife (PE), reunirá especialistas, autoridades e organizações públicas e privadas de todo o mundo em novembro deste ano sob o tema: “Recursos humanos para a Saúde: base para uma cobertura sanitária universal e o programa de desenvolvimento pós-2015”. A ideia é definir objetivos e metas para o período de 2013 a 2016 para combater a melhor a crise de mão de obra no setor saúde em todo mundo – sobretudo em áreas de maior vulnerabilidade social e distanciamento dos grandes centros urbanos.
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*Com informações do Observatorio Regional de Recursos Humanos en Salud