Apesar da abrangência nacional, seis estados não participaram do projeto: Amapá, Roraima, Alagoas, Ceará, Maranhão e Piauí. O sudeste, região com o maior número de colaboradores da Visa, foi o que mais contribuiu seguido do sul do país. Em contrapartida, o nordeste e o centro-oeste brasileiros foram as regiões que menos contribuíram. Minas Gerais foi o estado que mais enviou histórias, seguido por Rio de Janeiro e São Paulo. As cidades campeãs no número de causos enviados foram as de médio a grande porte, com população estimada entre 200 e 500 mil habitantes. Quanto aos autores, a participação feminina foi destaque (66%) em relação à masculina (34%). Dentre os que declararam o grau de escolaridade, prevaleceu a colaboração de trabalhadores com nível superior completo.Todas as histórias recebidas foram agrupadas em categorias de acordo com o tema principal. A maioria abordava questões relacionadas ao processo de trabalho (38,6%) e a minoria falava de situações inusitadas (5,8%). “Teve caso de uma moça que recebeu um relatório inusitado de fiscalização de um local. No documento o agente escreveu: ‘Fui, vi e não gostei. Fechei.’ ”, contou Daniella Guimarães. Os textos também foram divididos por áreas da vigilância sanitária. A mais comentada foi “alimentos” (36,5%) e as menos comentadas foram “saúde do trabalhador” e “portos, aeroportos e fronteiras” (0,52% cada).Além da publicação das melhores histórias, possivelmente financiada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária, há planos para a realização de uma rede virtual de troca de experiências e de um novo estudo que traga o olhar da população sobre os objetos da vigilância sanitária. “Acho importante dar esse retorno para quem escreveu. Dessa forma acredito que as pessoas se sentirão realmente valorizadas”, comentou Daisy Maria de Abreu, pesquisadora do Nescon.
Comunicação Nescon
Foto: Áurea Maíra Costa
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