Na última semana, a diretora da Faculdade de Medicina da UFMG, Alamanda Kfoury, e o diretor do Núcleo de Educação em Saúde Coletiva (Nescon), professor Francisco Campos, reafirmaram seu compromisso com a saúde pública ao receber a visita do professor Rivaldo Venâncio da Cunha, secretário adjunto de Vigilância Sanitária e Ambiental, e da Dra. Alda Maria da Cruz, diretora de Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde. O encontro, que ocorreu no NESCON, teve como objetivo alinhar o apoio ao Programa Nacional de Controle de Arboviroses.
O professor Rivaldo Venâncio considerou inadmissível o país apresentar taxas de mortalidades que variam de 1:6mil a 1:500, a depender da organização dos serviços para a hidratação dos acometidos. E ressaltou que a Faculdade de Medicina teve papel de vanguarda, produzindo 300 mil CDs que foram distribuídos a todos os médicos do Brasil, numa época que o streaming não estava popularizado.
Com a vacinação ainda distante de uma solução massiva, medidas como a educação sanitária e cuidado peridomiciliar, além de novas tecnologias, como a introdução de insetos machos estéreis e a infecção de mosquitos pela bactéria Wolbachia, foram apontadas como estratégias essenciais. No entanto, o trabalho dos agentes comunitários de saúde e combate às endemias continua sendo fundamental no controle dessas doenças. A diretora da Faculdade, Alamanda Kfoury, prontamente disponibilizou o conhecimento da instituição, que sempre teve uma das escolas mais interativas com o SUS, para realizar essa tarefa
O encontro contou também com a presença de Vinicius Oliveira, da Secretaria de Atenção Primária à Saúde (SAPS) do Ministério da Saúde, além de professores da Faculdade de Medicina, como o professor do Departamento de Clínica Médica, Unaí Tupinambás, e o professor aposentado do Departamento de Medicina Preventiva e Social, Ulysses Panisset, além de diretores do Núcleo.
Com o aumento expressivo dos casos de arboviroses, já ultrapassando 7 milhões em todo o Brasil, a colaboração entre instituições de ensino e o poder público é vista como essencial para conter a propagação dessas doenças, cujo principal tratamento é a hidratação adequada dos pacientes.