Fiocruz divulga estudo sobre consumo de medicamentos por idosos

Publicado em Diversos - 27 de Fevereiro de 2012

Pesquisa aponta diferenças de uso entre moradores da zona urbana e rural com idade superior a 60 anos

Idosos da zona urbana consomem mais medicamentos que os da zona rural. Essa foi a conclusão a que chegou o estudo “Uso de medicamentos entre idosos residentes em áreas urbanas e rurais de município no Sul do Brasil: um estudo de base populacional”, realizado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) em parceria com a Universidade de Campinas (Unicamp).

Divulgada na última edição dos Cadernos de Saúde Pública, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), a pesquisa analisou o uso de remédios por 811 idosos maiores de 60 anos residentes em Carlos Barbosa (RS). Entre os moradores da zona urbana, 79,4% dos entrevistados afirmaram consumir medicamentos. Já na zona rural, esta proporção foi de 63,5%. Os estudiosos apontam a ausência de serviços de saúde próximos ao local de residência, as dificuldades financeiras e o isolamento social dos moradores da área rural como possíveis causas do quadro apresentado.

Entre os tipos de medicamentos mais utilizados, se destacam os diuréticos (22,2%), anti-hipertensivos (18,1%) e antidepressivos (14,3%).

Para ter acesso ao estudo, clique AQUI.

IDOSOS E SAÚDE

O Brasil vem passando por um processo de envelhecimento da população. Em 1980, os idosos eram 7,2 milhões, representando 6,1% dos habitantes do país. Já em 2010, o número saltou para 20,4 milhões, contabilizando 10,7% dos brasileiros. A expectativa é de que em 2025 o Brasil tenha a sexta maior população idosa do mundo.

Essa nova realidade exige políticas e estratégias específicas para a população acima de 60 anos. A principal iniciativa é a política de Saúde do Idoso, criada pelo Ministério da Saúde visando melhorias no acesso à saúde e medicamentos para essa faixa etária. Entre outros benefícios, a medida preconiza, por exemplo, que os idosos com dificuldades de mobilidade não precisam sair de casa para comprar seus remédios nas Farmácias Populares. Qualquer pessoa munida de uma procuração pode retirá-los em nome dele.