Governo inaugura primeira unidade fluvial do Saúde da Família

Publicado em Notícias - 9 de dezembro de 2010

Embarcações levarão equipes de saúde da família para prestar atendimento médico às populações que vivem em comunidades ribeirinhas, de difícil acesso, localizadas na Amazônia Legal e no Mato Grosso do Sul. Chamado de Unidade Básica de Saúde da Família Fluvial, o primeiro barco será inaugurado nesta terça-feira (7), às 17h, em Santarém (PA), no Terminal Fluvial Turístico, com a presença da diretora do Departamento de Atenção Básica (DAB) do Ministério da Saúde, Claunara Mendonça, e da prefeita de Santarém, Maria do Carmo Martins Lima.

A estrutura conta com consultório médico e de enfermagem, recepção, laboratório, sala de procedimentos, farmácia, sala de vacina, cabines para os profissionais de saúde, cozinha e banheiros. Essa primeira unidade fluvial fará atendimento nos municípios paraenses de Aveiro, Belterra e Santarém. A cada 40 dias, a embarcação aportará em outro município.

Três equipes de saúde da família se revezarão no trabalho no barco. Cada equipe é composta por um médico, um enfermeiro, dois técnicos de enfermagem, um biologista, um dentista, dois técnicos de saúde bucal e agentes comunitários de saúde.

“O Ministério da Saúde investirá R$ 40 mil, por mês, na iniciativa. Essa é a primeira de uma série de ações que visam ampliar ainda mais a população coberta pela Estratégia Saúde da Família (ESF). O intuito é tornar a atenção primária acessível em todo o território nacional, superando qualquer obstáculo, inclusive os geográficos”, afirmou Claunara.

Prevenção

Estudos mostram que a atenção básica pode resolver mais de 80% dos problemas de saúde das pessoas. Com esse foco, as 31.500 equipes da Estratégia Saúde da Família (ESF) estão presentes em 99% dos municípios brasileiros com um modelo de atendimento proativo, que investe em ações de promoção e prevenção. As equipes são responsáveis por uma comunidade específica e acompanham de perto a saúde daquela população, muitas vezes com atendimento domiciliar. A proximidade permite repassar às famílias informações sobre saúde e prevenção de doenças, reduzindo a necessidade de atendimento hospitalar e de internações.

Nos últimos sete anos, a ESF foi estruturada para ser a principal porta de entrada para o Sistema Único de Saúde (SUS) e resultou na melhoria de importantes indicadores, como a redução da mortalidade infantil. Entre 2003 e 2008, a proporção de óbitos em cada mil crianças nascidas vivas baixou de 23,6 para 19.

O estudo Primary Health Care and Hospitalization for Chronic Disease in Brazil mostrou que, entre 1999 e 2007, as ações do ESF resultaram na redução de 30% das internações entre as mulheres e de 24% entre os homens quando as causas estavam relacionadas a doenças crônicas. E a pesquisa “Uma avaliação do impacto do Programa Saúde da Família sobre a Mortalidade Infantil no Brasil”, do Ministério da Saúde, revelou que, a cada 10% de aumento na cobertura da Saúde da Família, a mortalidade infantil é reduzida em 4,6%.

Fonte: Ministério da Saúde