“Integração Ensino-Serviço”, este foi o tema da mesa-redonda que abriu as atividades do segundo dia do “Fórum de ensino médico”, nesta terça-feira, 25 de fevereiro, no Salão Nobre da Faculdade de Medicina da UFMG. O encontro é uma realização do Colegiado do curso de Medicina e do Núcleo Docente da Faculdade.
O secretário municipal de Saúde de Belo Horizonte, Fabiano Geraldo Pimenta Junior, apresentou a palestra “Como estão os campos da prática da Secretaria Municipal de Saúde para o ensino médico”. O secretário apresentou um recorte sobre a prática no ensino médico nas Unidades de Pronto Atendimento de Belo Horizonte.
Em seguida, a secretária adjunta do Estado de Minas Gerais, Alzira de Oliveira Jorge, ministrou a palestra “Como estão os campos de prática do estado de Minas Gerais para o ensino médico”. Alzira ressaltou a importância da articulação das universidades para a inserção das escolas médicas no Sistema Único de Saúde (SUS), porque, segundo ela, a grande maioria dos profissionais está sendo formada para atuar no sistema. “É fundamental o Estado assumir o papel de protagonista nesta discussão sobre o tipo de profissional médico que está saindo das faculdades e se ele efetivamente atende às necessidades do SUS, e a partir deste diagnostico fazer as correções de rumo que forem necessárias”, declarou a secretária.
Diretor de Gestão de Educação da Saúde da Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde, Alexandre Medeiros durante palestra. Foto: Bruna Carvalho
Segundo Alzira, ainda existem dificuldades para a melhoria da integração Ensino-Serviço, que vão desde a articulação entre a faculdade e o serviço, passando pelas condições das estruturas que vão receber os alunos, até uma boa qualificação dos professores e preceptores. “A integração Ensino-Serviço é absolutamente fundamental para a formação dos alunos, porque é no dia a dia, na vivência prática do serviço, que ele vai conseguir, através de um maior conhecimento desta realidade, poder atuar melhor no seu trabalho”, avaliou a secretária.
A palestra “Contrato Organizativo de Ação Pública Ensino/Serviços de Saúde e a integração Ensino-Serviço”, foi apresentada pelo diretor de Gestão de Educação da Saúde da Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde, Alexandre Medeiros. “O Programa Mais Médicos tem como objetivo principal a formação do médico no país, nesse sentido ele tem uma série de componentes e um desses componentes mais importantes é a integração Ensino-Serviço”, contou Alexandre.
“A lei traz um dispositivo importante que é o Contrato Organizativo, que vai ajudar no estabelecimento da relação entre os gestores municipais, estaduais e as instituições de ensino. Desta forma, a gente vai conseguir potencializar os ganhos para todos os envolvidos”, explicou Alexandre. Para ele, a partir do Contrato Organizativo de Ação Pública Ensino Saúde (Coapes), as universidades terão a oportunidade de garantir um ensino de qualidade para os seus alunos e fazer pesquisas voltadas para a rede de saúde. “A partir do momento que a universidade está inserida no serviço de saúde, o serviço também se beneficia, pois ela ajuda a qualificar o atendimento e formar os alunos que serão os futuros profissionais que vão fazer o trabalho de assistência e gestão nos serviços de saúde municipais e estaduais”, completou.
Foto: Bruna Carvalho
Após as palestras, a mesa de honra foi convocada para debater sobre os assuntos apresentados. Além dos palestrantes, compuseram a mesa o diretor da Faculdade de Medicina da UFMG, Tarcizo Nunes; o vice-diretor da Faculdade de Medicina, Humberto José Alves; o diretor da Regional da Associação Brasileira de Educação médica (ABEM-MG), professor Geraldo Cury; a coordenadora do Colegiado do curso de Medicina, Alamanda Kfoury Pereira; e a coordenadora do Núcleo de Educação da Faculdade, Eliane Dias Gontijo.