Algumas regiões de MG, incluindo a capital, correm o risco de enfrentar uma epidemia de dengue em razão das intensas chuvas que atingem vários municípios desde o final do ano passado. Com as cheias, criaram-se muitos ambientes propícios à reprodução do mosquito aedes aegypti, transmissor da doença. Considerando o aumento dos casos de dengue notificados em MG e cientes da importância do combate a essa doença e do valor da atuação profissional no manejo da dengue, o Nescon disponibiliza o kit instrucional voltado para profissionais de saúde com informações sobre epidemiologia, organização dos serviços, mitos e erros, aspectos clínicos e manejo da doença. Para ver o material clique aqui .
Dengue em MG
Segundo informações da Secretaria Estadual de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), os últimos resultados do Levantamento Rápido de Índices de Infestação para aedes aegypti (LIRAa), um sistema de verificação domiciliar por amostragem que revela o índice de infestação da larva do mosquito, mostrou a necessidade de o Estado se mobilizar. É o caso de Teófilo Otoni, no Vale do Mucuri, que em outubro apresentava o índice de 0% e, em janeiro, subiu para 2,2%. Em Araguari, no Triângulo Mineiro, o LIRAa cresceu de 0,3% para 2,6%. Isso quer dizer que em cada mil imóveis quase três possuem larvas do aedes.
Dos 25 municípios que atualmente realizam o LIRAa em Minas, oito encontram-se em situação de risco de surto de dengue, são eles respectivamente: Vespasiano, com 7,7%, seguido de Belo Horizonte, com 3,9%. No interior do Estado, Governador Valadares (8%), Coronel Fabriciano (6,9%), Ipatinga (6,8%), Montes Claros (4,7%), Sete Lagoas (4,5%) e Timóteo (4,2%) destacam-se pelos elevados indicadores. Municípios como Capitão Andrade e Cuparaque, no Vale do Rio Doce, e Inimutaba, na região central, também preocupam pois já apresentaram aumento de casos. Outras treze cidades estão em situação de alerta, apresentando indicadores entre 1 e 3,8%.
Notificações em 2008
De acordo com a SES- MG no ano passado foram notificados 78.159 casos de dengue em todo o Estado, sendo que 43 foram confirmados como dengue hemorrágica, causando 4 óbitos. Outros 170 casos de doença tiveram complicações e resultaram em três mortes. No ranking de notificações os municípios com maior incidência foram, respectivamente, Belo Horizonte, Contagem, Ponte Nova, Sete Lagoas, Montes Claros e Ipatinga.
O Ministério da Saúde liberou R$ 128 milhões para auxiliar estados e municípios nas ações de combate à doença. Deste valor, R$ 15 milhões foram destinados a MG, sendo que 80%, ou o equivalente a R$ 12 milhões foram investidos nos 85 municípios considerados prioritários (entre os quais Belo Horizonte, Betim, Contagem, Governador Valadares, Ipatinga, Teófilo Otoni, Uberaba, Uberlândia, dentre outros), que foram responsáveis por cerca de 80% dos casos notificados no Estado. Já o Estado investiu R$6 milhões, sendo R$ 3 milhões para a campanha publicitária e R$ 3 milhões destinados aos testes da armadilha do mosquito, o Mosquitrap.
Comunicação Nescon com Comunicação Secretaria Estadual de Saúde
(31) 3409-9790 comunicacao@nescon@medicina.ufmg.br
