Estão abertas as matrículas para nova turma do curso Hanseníase na Atenção Básica. A formação é voltada preferencialmente a profissionais de saúde atuantes da Atenção Básica, mas também é aberta aos demais interessados no tema. A carga horária é de 45 horas e as inscrições podem ser realizadas pelo site.
O curso é composto por três unidades, que tratam dos temas: vigilância, diagnóstico e acompanhamento da hanseníase na Atenção Básica. Nelas o aluno irá refletir sobre a doenças com casos clínicos interativos e com os quizzes. Também são disponibilizadas videoaulas com explicações de especialistas no tema, além de hipertextos e caixas de ajuda, que possuem glossários, para aprofundar os conhecimentos sobre termos técnicos.
A formação é fertada pela Secretaria Executiva da Universidade Aberta do SUS (UNA-SUS), por meio da Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS/MS) e a Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (SGTES/MS) do Ministério da Saúde.
Sobre o curso
Integrante das ações de educação do Programa de Valorização do Profissional da Atenção Básica, o curso tem como objetivo preparar profissionais de saúde para atuarem no controle da transmissão da hanseníase e diminuir as incapacidades causadas pela doença. Para tanto, o conteúdo apresentado ressalta a importância do diagnóstico oportuno e do efetivo controle de contatos. De acordo com Francileudo Lima e Olga Rodrigues, da equipe de gestão de oferta da UNA-SUS, os profissionais da Atenção Básica são elementos-chave para o diagnóstico precoce, consequentemente, para o controle da hanseníase no Brasil. “Dessa forma, o objetivo do curso é instrumentalizar esses profissionais para oferecer uma atenção qualificada aos portadores dessa doença”.
Ele também corrobora com a campanha publicitária lançada pelo Ministério da Saúde, em janeiro. Com o slogan: “Hanseníase: quanto antes você descobrir, mais cedo vai se curar”, a ação tem como foco o diagnóstico precoce da doença e a divulgação do tratamento, que é ofertado gratuitamente no Sistema Único de Saúde (SUS). Os recursos educacionais utilizados tornam o processo de aprendizagem mais dinâmico e envolvente.
A primeira turma, lançada em 28 de outubro de 2014, teve um total de 6.626 inscritos. Até o dia 6 de julho, 1.575 alunos se certificaram. Os estados com maior número de matrículas foram Minas Gerais, com 1.024 beneficiados, seguido por São Paulo, com 623 e Bahia, com 528. Os alunos matriculados nessa turma terão até o dia 19 de julho para concluir as atividades.
DETECÇÃO E TRATAMENTO – A hanseníase é uma doença crônica, infectocontagiosa, causada pela bactéria Mycobacterium leaprae. A transmissão se dá pelas vias aéreas, por meio do contato entre uma pessoa infectada com uma saudável suscetível.
A bactéria acomete principalmente a pele e os nervos periféricos principalmente o rosto, olhos, orelhas, nariz, braços, mãos, pernas e pés. Quando a bactéria atinge o nervo, pode causar atrofias e áreas de insensibilidade.
A hanseníase tem cura, mas pode causar incapacidades físicas se o diagnóstico for tardio ou o tratamento não for realizado adequadamente, pelo período recomendado. A doença não é hereditária e não é transmitida por abraço, aperto de mão ou carinho. Em casa ou no trabalho, não é necessário separar as roupas, os pratos, os talheres e os copos.
Além do diagnóstico, o SUS oferece tratamento para hanseníase, disponível em todas as unidades públicas de saúde. A poliquimioterapia (PQT), uma associação de medicamentos que evita a resistência do bacilo deve ser administrada por seis meses ou um ano a depender do caso. Os pacientes deverão ser submetidos, além do exame dermatológico, a uma avaliação neurológica simplificada e sempre receber alta por cura.
Fonte: UNA-SUS, com informações do Ministério da Saúde