Mobilização de cidade mineira é exemplo para o País

Publicado em Diversos - 5 de dezembro de 2014

Praticamente todas as meninas entre 11 e 13 anos do município mineiro de Presidente Olegário (MG) foram vacinadas contra o HPV. A grande adesão se deve ao trabalho dos profissionais de saúde da cidade. Eles bateram de porta em porta para explicar a importância da vacina aos pais, professores e às adolescentes.

É o que conta a coordenadora de Epidemiologia de Presidente Olegário, Cláudia Aparecida, que trabalhou para divulgar entre os moradores a vacinação contra o vírus que causa o câncer do colo do útero.

“Nós fomos às escolas, tanto na zona rural, quanto na zona urbana, e o meio de comunicação com essas famílias foi através dos agentes comunitários, que visitaram as casas e fizeram o convite. E nós também tivemos uma reunião com os diretores que passaram o convite para esses alunos virem participar e vacinar, sabe. Conseguimos atingir, 97.25% das crianças, então foi quase 100% dessas meninas que vacinaram”, explicou.

Para a coordenadora do Programa Nacional de Imunização do Ministério da Saúde, Carla Domingues, a iniciativa de divulgar a vacina contra o HPV deve servir de exemplo para todas as cidades brasileiras.

“Esse trabalho extramuro aonde o profissional de saúde vai ao encontro da população para esclarecer e tirar dúvidas, ele é fundamental para que possamos fazer com que toda a população entenda a importância da segunda dose. Porque, só assim, as meninas de 11 a 13 anos, que tomaram a primeira dose, estarão protegidas contra o câncer do colo do útero, que é uma doença grave e acontece mais de 15 mil casos por ano, com cinco mil óbitos registrados também no nosso País”, disse.

A coordenadora do Programa Nacional de Imunização do Ministério da Saúde, Carla Domingues, reforça também que as meninas entre 11 e 13 anos precisam tomar as três doses da vacina contra o HPV para garantir a proteção contra o câncer do colo do útero.

“Já foram aplicadas mais de quatro milhões de doses, com uma cobertura de 98%. Portanto, nós estamos necessitando que todas as meninas que tomaram a vacina, que completem o esquema vacinal. Elas devem tomar a segunda dose, garantindo assim a proteção. Pois só com essa segunda dose que a vacina será eficaz. É importante que as adolescentes identifiquem se a sua escola terá a vacinação e caso isso não aconteça, que ela procure o Posto de Saúde.”

O câncer do colo do útero mata atualmente 14 mulheres por dia no Brasil. É o quarto tipo de câncer que mais mata mulheres no Brasil. As meninas que receberem as três doses da vacina contra o HPV podem fazer parte da primeira geração livre da doença.

A Universidade Aberta do SUS (UNA-SUS) oferece curso online gratuito sobre HPV, em que são apresentados os aspectos relacionados ao papilomavírus humano, bem como a sua relação com o câncer do colo do útero. Os profissionais de saúde serão instruídos, ainda, sobre as ações necessárias à operacionalização da vacinação e os aspectos relacionados ao registro nominal da vacinação e à cobertura vacinal.

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