Nescon participa de Seminário de Gestão do Conhecimento

Publicado em Notícias - 9 de Fevereiro de 2009

“Estabelecer redes de cooperação e intercâmbio, fomentar a disseminação do conhecimento e melhorar em conjunto a gestão de informação e da aprendizagem priorizando a atenção primária à saúde, além de criar redes para o desenvolvimento da força de trabalho em saúde pública”, esse foi o tom do discurso de José Moya, representante da Organização Pan-americana de Saúde (OPAS/OMS Brasil) durante o seminário sobre tecnologia, gestão da informação e conhecimento em saúde pública: compartilhando experiências. Organizado pela Opas o evento, que aconteceu nos dias 4 e 5 de fevereiro, em Brasília, reuniu cerca de 50 participantes do Ministério da Saúde, Organização Mundial de Saúde, Faculdade de Medicina da UFMG, UnB e  ENSP/Fiocruz, entre outros.

No primeiro dia do encontro foram apresentados conceitos, metodologias, ferramentas e tecnologias de gestão da informação, além de sistemas de informação em saúde e experiências em gestão do conhecimento na Fiocruz, no Instituto Nacional do Câncer (INCA) e no Campus Virtual de Saúde Pública (CVSP).O segundo contou com a participação expressiva da UFMG em dois momentos: na apresentação de Vinícius de Araújo Oliveira (foto), consultor do Ministério da Saúde sobre o projeto  Universidade Aberta da SUS (Unasus), um desdobramento da Rede Multicêntrica de Apoio à Especialização em Saúde da Família – projeto desenvolvido no Nescon, em parceria com a Opas, em 2006 – potencializado e assumido pelo MS a partir de 2007 e reconfigurado como Unasus, cujo principal objetivo  é promover a qualificação em serviço dos trabalhadores da saúde de todo o país. No seminário também foi apresentada a experiência da UFMG em Telemedicina.

O encerramento contou com sessão plenária, onde foram estabelecidos acordos de cooperação. O documento firmado estará disponível no site da Opas a partir de 14/02/2009.

Entre os representantes da Faculdade de Medicina participaram (foto)  Edison Corrêa, vice-coordenador do Nescon, Cláudio de Souza, do Telessaúde, Elza Machado Melo e Anayansi Correa Brenes, ambas do Departamento de Medicina Preventiva e Social (DMPS), Maria Piedade Fernandes Ribeiro, do Núcleo de Ações e Pesquisa em Apóio Diagnóstico (Nupad), Carlos Rocha (CIM) e as jornalistas Mariana Pires (ACS Medicina) e Zirlene Lemos (Comunicação Nescon).

Desafios da Gestão do Conhecimento em Saúde
Nos últimos anos o acesso à informação técnico-científica vem sendo reconhecido como um fator essencial para o desenvolvimento da saúde. Por isso, organismos internacionais como a Opas e o Ministério da Saúde, entre outros, têm estimulado o desenvolvimento de estratégias que possibilitem, simultaneamente, a ampliação do fluxo de informação em saúde e a capacidade local para operar diferentes fontes de informação em saúde. A necessidade de desenvolver novas estratégias é mais urgente em países da América Latina, Caribe e da África diante dos graves problemas de saúde pública, falta de recursos, descontinuidade de políticas públicas e também devido a baixa escolaridade.

Algumas características têm sido identificadas como preponderantes para o êxito destas estratégias – a interatividade, a capacidade de estimular a cooperação entre países, regiões e instituições, a agilidade, o baixo custo, a possibilidade de conjugação de diferentes linguagens e mídias, além da eficiência local. Neste sentido, a exploração das potencialidades da internet se consolidam como importante estratégia para assegurar o acesso às fontes de informação em saúde. O espaço virtual torna possível operar e gerar localmente fontes de informação, conectando-as, em tempo real, a redes e fluxos de informação internacionais. Dentre as possíveis estratégias de uso do espaço virtual destacam-se iniciativas como o Campus Virtual em Saúde, Ripsa e a Bireme entre outras.

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Comunicação Nescon
Crédito fotos: Zirlene Lemos
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