Uma reunião realizada hoje no Nescon discutiu estratégias para a redução da mortalidade infantil no Norte e Nordeste do país. Chamado de “Ações Educativas em Larga Escala à Atenção Perinatal”, o encontro, aberto pelo diretor da Faculdade de Medicina e pelo prof. Franscisco Campos, contou com a presença de representantes do Ministério da Saúde, Organização Panamericana de Saúde (Opas), Universidade de São Paulo, Secretarias de Saúde, entre outras instiuições.
Compartilhando conhecimento e experiências, pesquisadores, gestores e profissionais da rede pública atuaram como consultores do Ministério na busca de soluções para a melhoria da atenção neonatal. Na ocasião, o Nescon apresentou aos participantes dados, estatísticas e metodologias do Curso de Especialização em Atenção Básica em Saúde da Família (CEABSF). Implantado desde janeiro do ano passado, o curso é uma iniciativa em larga escala de formação de trabalhadores para atender às demandas da saúde coletiva no Brasil. Até o fim de 2011, a intenção é formar cerca de 1.200 especialistas.
Para o coordenador em exercício do Nescon, Edison Corrêa (foto) desta reunião já devem sair apontamentos para a construção de um plano para a formação de recursos humanos para redução da mortalidade infantil. “O fim maior é reduzir a morte neonatal ao ritmo de 5% ano. Essa é a meta do Ministério da Saúde”, conta.
Brasil X mortalidade infantil
Em estados como Alagoas e Maranhão, as taxas de mortalidade infantil alcançaram, respectivamente, 50 e 39 mortos por mil nascidos vivos em 2007, contra 22 do índice nacional e 3,61 em países como a Noruega. “Essa reunião vai apontar caminhos e possibilidades para fazer um plano de formação dos Recursos Humanos no sentido de redução da mortalidade infantil”, explica Edison Corrêa, vice-coordenador do Nescon. O fim maior é reduzir a morte neonatal ao ritmo de 5% ano. Essa é a meta do Ministério da Saúde”, completa.
Segundo o último relatório divulgado pela Unicef , entre as principais causas de morte na primeira semana de vida estão o nascimento prematuro, asfixia durante o parto, infecções e piora na condição de vida das mães. Mas apesar de longe de alcançar os índices apresentados por países do primeiro mundo, o Brasil tem se destacado no combate à morte neonatal. O país, que em 1990 ocupava 86º lugar no ranking de mortalidade infantil, caiu para 113º em 2006, num total de 194 países.
Comunicação Nescon
Foto: Cecília Emiliana Lélis
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