OMS destaca Brasil como modelo na Atenção Básica à Saúde

Publicado em Notícias - 16 de outubro de 2008

Intitulado Atenção Primária à Saúde – Agora mais que nunca, o relatório Anual da Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda a adoção da atenção básica em todos os países e destaca o Brasil como exemplo a ser seguido.

Divulgado nesta terça-feira (14), o documento traz uma visão crítica sobre o acesso à saúde no mundo, além de reforçar a necessidade do cumprimento dos princípios estabelecidos na Declaração de Alma-Ata, realizada em 1978. Na oportunidade, a comunidade mundial reconheceu a necessidade de combate às desigualdades e ineficiências nos sistemas de saúde, bem como a importância do investimento em políticas púbicas focadas em cuidados básicos.

Apesar do acúmulo de algumas tristes estatísticas – como o 13º lugar no ranking de riscos de epidemias – o Brasil teve iniciativas elogiadas pelo relatório da OMS. A Estratégia de Saúde da Família e a Rede de Observatório de Recursos Humanos foram apontadas como medidas de sucesso no aprimoramento da atenção à população, e que deveriam ser reproduzidas por outras nações.

Sobre a primeira medida, implantada pelo Governo Federal em 1994, o relatório a define como “um dos exemplos mais impressionantes do impacto da adoção dos cuidados básicos e de como esses cuidados devem ser implementados para que proporcionem melhoria na qualidade da saúde e traga resultados”. Quanto aos observatórios, que desenvolvem pesquisas e sistematizam as informações para sustentar a formulação de políticas de saúde em todos os níveis – o editor responsável pelo relatório, Win Van Lerberghe, o descreveu como bom exemplo de como a sociedade civil e instituições de ensino e pesquisa podem estabelecer parcerias.

O observatório da UFMG
No Brasil existem, atualmente, 22 observatórios de recursos humanos em saúde, um deles localizados no Nescon. Integrante da Rede de Observatórios de Recursos Humanos em Saúde, a Estação de Pesquisa de Sinais de Mercado (EPSM) é especializada em análise dos mercados de trabalho e dos serviços e sistemas de saúde, e já desenvolveu cerca de 50 projetos em parceria com o Governo Federal e outras entidades. “Alguns trabalhos, como a Pesquisa Nacional de Precarização e Qualidade do Emprego no Programa de Saúde da Família, orientam instâncias como o Comitê Nacional Interinstitucional de Desprecarização do Trabalho no SUS na formulação de pesquisas, por exemplo”, destaca Sábado Girardi, coordenador da EPSM.

Saiba mais sobre a EPSM. Acesse o Relatório da OMS.

Comunicação Nescon
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