Após balanço detalhado da equipe de organização do I Simpósio sobre Condições de Saúde e Trabalho no Setor Saúde, os resultados agradaram aos organizadores. Segundo a pesquisadora Ada Ávila Assunção, da equipe de coordenação, foram mais de 470 participantes representando 165 instituições de ensino superior, 149 prefeituras, além do Ministério da Saúde e das Secretarias Estaduais de Saúde, entre outros setores.
Dados oficiais da organização apuraram que o maior número de inscritos foi de Minas Gerais, 359 pessoas, seguido por Rio de Janeiro (50), São Paulo, Pernambuco e Distrito Federal. Também participaram representantes do Ceará, Amazonas, Alagoas, Roraima, Rondônia, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Espírito Santo, Paraná, Paraíba e Bahia.
A pesquisadora destacou o cunho social e científico do evento que abordou questões sociais, referentes à saúde dos trabalhadores articulada com a pesquisa científica. “Foi surpreendente a submissão de 139 trabalhos de todas as regiões do Brasil, avaliados por 45 pesquisadores de importantes instituições de ensino do país”, comemorou.
Para Izabelita Felipe Ferreira dos Santos, 23 anos, técnica em enfermagem, de Jaboatão dos Guararapes, em Pernambuco, o evento ajudou a refletir sobre as reais condições de trabalho na área da saúde. “Vi aqui estudos que abordaram o trabalho real dos trabalhadores do setor e ajudaram a criar mais consciência sobre os perigos que enfrentamos no cotidiano”, opinou.
Já o médico carioca Jorge de Albuquerque Nunes, elogiou o fato de o Simpósio ter reunido especialistas de todas as áreas da saúde. “Existem estudos sobre médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, dentistas e há uma interdisciplinaridade que precisa ser incentivada, por isso é importante que estejamos todos juntos discutindo as melhorias na saúde dos trabalhadores da saúde como um todo”, disse.
Zaíra Botelho, da comissão organizadora do Simpósio e do Ministério da Saúde, concorda com Nunes e destaca a participação diversificada no Simpósio. “Vieram gestores, estudantes, trabalhadores e pesquisadores de diversas profissões e isso tornou o evento interdisciplinar”. As expectativas de Zaíra são de um próximo evento ainda maior. “A discussão está ganhando profundidade, consistência e com riqueza de dados, é provável que num próximo evento tenhamos mais experiências e mais dados sobre as condições de trabalho do trabalhador da saúde”.
O profissional de saúde Marcelo Martins Rodrigues, da Secretaria Estadual de Saúde de Boa Vista, Roraima, espera que as discussões do Simpósio sejam colocadas em prática “O ideal agora é aplicar essas pesquisas e criar uma nova norma de trabalho, voltada para os trabalhadores da saúde”, espera.
Segundo a pesquisadora Soraya Belisário, da equipe de coordenação, questões discutidas e apresentadas durante o Simpósio, vão subsidiar uma publicação em 2008.
Comunicação Nescon
Marcela Campos Terra – estudante de jornalismo
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