A gestão e a formação da força de trabalho em saúde é uma constante preocupação de instituições mundiais. Tanto que a Organização Mundial da Saúde (OMS) e Organização Panamericana da Saúde (OPAS) consideram 2006-2015 a década dos Recursos Humanos em Saúde. Desde então têm sido desenvolvidas várias iniciativas, nacionais e internacionais, destinadas a divulgar e promover a valorização dos recursos humanos que atuam em saúde.
O tema saúde dos trabalhadores do setor saúde motiva pesquisadores e gestores dos serviços em vários países, dentre os quais as pesquisadoras do Nescon Ada Ávila Assunção e Soraya Almeida Belisário. Elas integram a equipe responsável pela coordenação da Rede Internacional de Cooperação entre países da América Latina e Caribe.
Segundo a coordenadora, Ada Ávila, a Rede, que é uma parceria com a OPAS, tem como principais objetivos promover a cooperação entre os países, construir políticas de identificação e prevenção de danos e agravos à saúde dos trabalhadores e contribuir para a elaboração de políticas no campo da gestão dos recursos humanos no setor.
O Projeto, já iniciado, será desenvolvido em fases: “uma das expectativas é elaborar uma plataforma conceitual capaz de possibilitar a construção de consensos acerca de noções como precarização do trabalho e do emprego; identificação de quem são os trabalhadores do setor de saúde; do que se trata quando se aborda o ambiente de trabalho, a que se refere o termo condições de trabalho; bem como outros conceitos fluídos que exigem um amplo debate a fim de consolidar as suas definições”, ponderou. Ada acrescentou ainda que dessa forma será possível fornecer elementos para a elaboração de políticas públicas capazes de transformar as situações constatadas.
Entre as ações em andamento o desenvolvimento do curso virtual em Gestão de Trabalho e Saúde dos Trabalhadores da Saúde, para Argentina, Brasil, Costa Rica, Equador, México e Uruguai. Segundo Assunção, “o curso, dirigido às competências gestoras da política de saúde de cada país, vai desenvolver uma proposta educativa que seja um espaço de diálogo e expansão das discussões sobre as condições de saúde e trabalho do setor saúde”, explicou.
Nessa etapa também estão sendo identificados os atores a serem envolvidos, como os ministérios da Saúde e do Trabalho, a OMS e OIT (Organização Internacional do Trabalho) e suas respectivas responsabilidades institucionais.
Saiba mais sobre o tema condições de saúde e trabalho dos trabalhadores da saúde.
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