Capacitar 100 mil profissionais que atuam em algum ponto gerencial do SUS em todo o país até 2010. Essa é a proposta do Programa de Capacitação Gerencial, uma iniciativa do Ministério da Saúde em parceria com o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems). A iniciativa atende as diretrizes da Portaria 1998/2006, que dispõe sobre a implementação da Política Nacional de Educação Permanente em Saúde. Além disso, a idéia é também fortalecer o quadro de técnicos habilitados para a condução do processo gerencial no SUS, que, segundo dados da Secretaria de Gestão do Trabalho e a Educação na Saúde (SGTES), é hoje um dos mais defasados.
A formação envolverá a participação de estados e municípios que, junto a instituições de ensino, escolas de saúde pública e institutos de saúde coletiva, vão estruturar a formação, de acordo com a realidade de cada região.
Oficinas
Antes de dar início aos cursos, serão organizadas oficinas estaduais de discussão dos planos de educação em saúde de cada estado. A primeira delas, realizada em Salvador/BA nos dias 3 e 4 de junho, contou com apoio técnico do Nescon e reuniu cerca de 70 pessoas, entre membros do Ministério, da Secretaria de Estado de Saúde da Bahia, secretarias municipais, e outras instituições parceiras.
A programação contou com palestra do professor Francisco Eduardo de Campos, secretário da SGTES; e painel de políticas públicas apresentado pela diretora de programas da SGTES, Maria Christina Fekete. Também apresentaram trabalhos Ana Estela Haddad, diretora de Gestão da Educação na Saúde e membro do Departamento de Gestão e da Regulação do Trabalho em Saúde. O evento contou ainda com uma exposição da Secretaria de Estado de Saúde da Bahia sobre a situação atual da gestão de serviços e implementação da Política de Educação Permanente no Estado.
Ângela Dayrell e Lídia Tonon, referências no apoio técnico prestado à SEGTES pelo Nescon no Programa de Capacitação Gerencial, acreditam que a experiência foi bastante significativa. “Principalmente porque permitiu que tivéssemos contato com o diagnóstico da Bahia com relação à gestão da área de educação em saúde”, ressalta Dayrell.
Os próximos encontros acontecerão no Pará e no Ceará, mas as datas ainda não estão definidas.
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