Depois de percorrer 1.013 cidades distribuídas pelos estados de Minas Gerais, São Paulo, Acre e Rondônia; 4.671 unidades básicas de saúde, e conversar com mais de 20500 profissionais e 10.017 usuários do SUS, a equipe do Nescon que participa do Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ) reflete sobre trabalho que vem desenvolvendo desde maio de 2012, quando iniciou suas atividades.
Para isso, os membros do Núcleo se reuniram ontem com representantes do Ministério da Saúde e das Universidades Federais do Acre e de Rondônia para o seminário “Avaliação da Primeira Etapa do Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade na Atenção Básica – PMAQ”. Realizado nas dependências do Nescon, o evento buscou sintetizar os dados coletados durante o trabalho de campo já realizado pelo PMAQ, que incluem condições de trabalho dos trabalhadores que atuam na rede básica, opinião dos usuários em relação ao serviço prestado, infraestrutura dos centros de atendimento, entre outras informações gênero. A partir desse diagnóstico, a ideia é que o poder público possa instituir medidas que levem à melhoria do acesso e da qualidade da assistência prestada no âmbito do SUS.
“O seminário foi uma oportunidade para uma aproximação das equipes. Fizemos um mapa dos dados coletados para darmos um enfoque no momento de fazer a análise das informações”, explica Ângela Dayrell, coordenadora da equipe do PMAQ no Nescon.
Na oportunidade, os participantes discutiram ainda ampliação do PMAQ para o próximo ano. “No início de 2013, o ministério realizará uma reunião com as instituições participantes para tratar do plano nacional de análise dos dados. Além disso, a proposta é de universalização do PMAQ. Este ano, 52% das equipes de Saúde da Família aderiram ao projeto e, para 2013, o objetivo é abrir uma nova chamada para realiza-lo com as equipes que não participaram, destacou Dayrell.
Sobre o PMAQ
O Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ) é um projeto criado com o objetivo de induzir avanços no que levem a atenção básica no Brasil ao nível da excelência.
A iniciativa compreende, a princípio, a realização de um censo para avaliar as condições de acesso e de qualidade das Equipes de Saúde da Família (ESF). Em etapas posteriores, o programa pretende promover a implantação de mudanças que elevem o padrão da assistência prestada aos cidadãos, além de constante monitoramento dos novos patamares alcançados.
As equipes de avaliação PMAQ são formadas por um supervisor e três entrevistadores, que percorram as Unidades Básicas de Saúde aplicando questionários avaliativos a gestores, trabalhadores e usuários atendidos pelas ESF.
