SES publica Análise de Situação de Saúde em MG

Publicado em Notícias - 8 de Março de 2012

Acidentes de trânsito e homicídios são as principais causas de mortalidade em Minas Gerais. É o que conclui um levantamento realizado pela Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais.

Tanto entre as mulheres quanto entre os homens, as vítimas da violência e do trânsito ultrapassam 30% do total de óbitos, principalmente entre jovens de 10 a 19 anos.

Em relação aos homens adultos, de 20 a 49 anos, homicídios e acidentes se mantêm como fatores principais de óbitos. Entre as mulheres, além dos já citados, também se destacam as doenças cerebrovasculares, como o acidente vascular cerebral (AVC).

O Norte e o Nordeste de Minas Gerais concentram os maiores níveis de mortalidade, apontando a carência de serviços de saúde e o risco sociodemográfico da população dessas regiões.

Os dados fazem parte da publicação “Análise de Situação de Saúde – Minas Gerais – 2010”, divulgada no início de 2012. No estudo, são apresentados números detalhados sobre a situação da saúde no estado. As análises estão divididas por regiões geográficas, faixas etárias, gêneros, tipos de doenças (transmissíveis e não transmissíveis), entre outros, indicando as principais causas de mortalidade por cada grupo.

Daisy Abreu, pesquisadora do NESCON, participou do levantamento, que reuniu dados de 2001 a 2009. “Apesar de parecer estranho, morbidade e mortalidade são indicadores de saúde. É a partir deles que podemos propor ações focadas nas reais necessidades, no sentido da promoção à saúde”, explica Daisy.

O Norte e Nordeste, além do Jequitinhonha, enfrentam outro problema grave: a subnotificação. Cerca de 30% dos óbitos de homens entre 20 e 49 anos do Jequitinhonha, por exemplo, são apresentados como mortes por “causas mal definidas”.

Entre os motivos desse quadro estão a falta de médicos, os casos de falecidos sem avaliação sobre as causas da morte e o desconhecimento da importância do registro pelos gestores dos municípios.

“Os dados são a principal fonte para se tomar medidas que melhorem a situação. Nessas regiões ainda se vê um alto nível de mortalidade, que refletem seus baixos níveis sociodemográficos. E, muitas das vezes, não temos acesso às causas dos óbitos”, conta.

Daisy trabalhou na elaboração de dois capítulos do trabalho, incluindo “Saúde do Idoso”, assinado por ela. A saúde – explica Daisy – tem que se adequar à nova realidade brasileira, de uma população mais idosa e que vive mais. Esse grupo apresenta necessidades específicas de saúde, como as relacionadas à prevenção de doenças cerebrovasculares e cardíacas.

O estudo pode ser acessado clicando AQUI.