Mesmo com número de fumantes em declínio, tabagismo ainda é responsável por R$ 56,9 bilhões de reais em prejuízos com despesas médicas.
Arte: UNA-SUS
A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) – integrante da Rede UNA-SUS – lança nova oferta do curso Controle do Tabagismo na Atenção Básica. O curso é gratuito, autoinstrucional e tem início imediato. As inscrições podem ser realizadas até 31 de dezembro de 2018, pelo link.
Com carga-horária de 30h, a capacitação busca instrumentalizar os profissionais das equipes da Atenção Básica para atuarem na prevenção e no controle do tabagismo. Para isso, são apresentadas as mais recentes evidências científicas, o que corrobora o desenvolvimento e a atualização dos profissionais de saúde.
Dividida em três unidades, a qualificação aborda desde as principais ações e políticas públicas desenvolvidas em âmbito nacional e internacional, até os protocolos específicos de atendimento, prevenção e controle do tabagismo na Atenção Básica.
Na primeira unidade são apresentadas a Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco e as principais ações desenvolvidas pelo Programa Nacional de Controle do Tabagismo, com o objetivo de reduzir a prevalência de fumantes e a morbimortalidade relacionada ao tabagismo no Brasil, bem como os seus principais indicadores epidemiológicos e sua evolução nos últimos anos.
Já a segunda unidade trata do diagnóstico e do tratamento do tabagismo, com destaque especial às estratégias e recomendações de abordagem nos grupos especiais de fumantes. E a terceira unidade finaliza o conteúdo do curso com as diretrizes de cuidado à pessoa tabagista no âmbito da Rede de Atenção à Saúde das Pessoas com Doenças Crônicas do Sistema Único de Saúde.
Tabagismo no Brasil
Segundo dados inéditos da Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) divulgados pelo Ministério da Saúde, neste 31 de Maio, Dia Mundial sem Tabaco, o percentual de brasileiros que se declaram fumantes voltou a cair no ano passado, atingindo o índice de 9,3%, contra 10,1% em 2017. Isso significa que só entre 2017 e 2018 a queda foi de 8,6%.
Apesar do crescente declínio do número de fumantes em todo o mundo, o tabagismo ainda é um dos principais problemas de saúde enfrentados no Brasil. De acordo com a pesquisa coordenada pelo Departamento de Avaliação de Tecnologias em Saúde e Economia da Saúde do Instituto de Educação e Ciências em Saúde (Iecs), cerca de 12,6% de todas as mortes que ocorrem no país podem ser atribuídas ao consumo de cigarros.
Além disso, os custos com despesas médicas e perda de produtividade atribuídas ao tabagismo alcançam R$ 56,9 bilhões, dos quais R$ 39,4 bilhões se referem a custos médicos diretos, o que equivale a 8% de todo o gasto com saúde, e R$ 17,5 bilhões são referentes a custos indiretos, em razão de morte prematura e incapacidade.
Com UNA-SUS.
