A pesquisadora Zulmira Hartz, consultora do Ministério da Saúde esteve hoje no Nescon, onde participou de reunião com os pesquisadores Terezinha Berenice de Sousa van Stralen , Ângela Dayrell, Juliana Alvares, Lúcia Paiva, Paulo Fleury, Cornélis Johannes van Stralen e Soraya Belisário. Hartz, que acompanha pesquisadores de núcleos do Brasil no conjunto de estudos feitos sobre avaliação da atenção básica, mais especificamente, os Estudos de Linha de Base do Programa de Expansão e Consolidação da Saúde da Família – PROESF, veio conversar com a equipe do Nescon, que desenvolveu estes estudos na região Centro Oeste do Brasil.
Segundo Terezinha van Stralen, coordenadora executiva da pesquisa “os estudos foram realizados em 13 municípios com mais de 100 mil habitantes e são resultado de uma política do Ministério da Saúde de institucionalização de processos de avaliação de serviços de saúde, especificamente, da atenção básica e estratégia da Saúde da Família. O financiamento da pesquisa foi possível por um acordo entre o governo brasileiro e o Banco Mundial.
Zulmira Hartz, especialista em avaliação em saúde, avaliação materno-infantil e avaliação dos programas e dos sistemas de saúde, elogiou a metodologia utilizada pelos pesquisadores. “Os estudos do Nescon cobriram o Mato-Grosso, Mato Grosso do Sul, Distrito Federal e Goiás, atingindo áreas de difícil acesso. O que me chamou a atenção foi o uso da abordagem metodológica, que envolveu inquéritos domiciliares e estudo de percepção dos usuários sobre a qualidade do SUS. A associação das duas abordagens facilitou a compreensão e valorizou o trabalho”, destacou.
Hartz também aproveitou a visita para convidar os pesquisadores a transformar as experiências apuradas nos estudos, em pelo menos um capítulo do livro Meta-avaliação da Atenção Básica em Saúde: teoria e prática organizado por ela e que será publicado ainda em 2007 com apoio do Departamento de Atenção Básica do Ministério da Saúde. A consultora espera que a publicação ajude a fortalecer as ações desenvolvidas pelas secretarias estaduais de saúde. “A literatura costuma dizer que avaliação não serve para nada, mas acredito que a partir dessa experiência poderemos trabalhar em conjunto e criar um sistema de acompanhamento da influência desses estudos para melhorar a atenção básica não só dos municípios que compõem o PROESF, mas dos municípios em geral, minha expectativa é que os gestores possam usar essas informações para fortalecer e dar um norte às políticas de saúde coletiva”, espera.
Além do Nescon, participaram dos estudos, grupos de pesquisa de outros 7 instituições de diversas partes do país e mais dois grupos fizeram a avaliação dos resultados (Grupo de Estudos de Avaliação em Saúde do Pernambuco – IMIP e Instituto de Saúde Coletiva da UFBA – ISC).
Comunicação Nescon
Redação: Zirlene Lemos- Jornalista
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